Estamos vivendo tempos difíceis e de incertezas, há meses enfrentamos uma pandemia que mudou nossas rotinas. O refrão “este é um ano atípico” esta presente em todos os assuntos e conversas.
Frente à pandemia do covid-19, estamos enfrentando vários desafios e na educação não é diferente. Quando pensamos sobre o assunto do retorno às aulas, a preocupação é muito grande.
Os pais se sentem inseguros em mandar os seus filhos para as escolas neste momento, assim como os professores ficam preocupados com a contaminação. Sem falar que as escolas precisam de muitas adaptações para esta nova realidade.
Para podermos pensar em um retorno das aulas presenciais, as transformações das rotinas nas escolas seriam enormes, principalmente no que diz respeito à questão da higiene, limpeza de equipamentos, carteiras escolares, entre outros. Também precisaria ser elaborada uma estratégia para os intervalos, sem falar na questão da higienização dos bebedouros e dos ares condicionados.
A maioria dos especialistas, sugerem que as aulas presenciais, só deveriam voltar no próximo ano (2021), visto que a taxa de contaminação por covid-19 continua alta em vários Estados.
Enquanto alguns Estados estão discutindo o retorno das aulas presenciais, em outros a volta às aulas já aconteceu, como é o caso das escolas de Manaus onde o retorno se deu de forma hibrida, sendo metade presencial, metade on-line. Também existe previsão de retorno em nove Estados e no Distrito Federal.
Com o aumento da contaminação os docentes e os demais profissionais da educação, preocupados com o bem estar de todos, estão buscando recursos na Justiça, para manutenção da suspensão das aulas presenciais.
As aulas remotas, on-line, emergencial, EAD… tem levantado vários questionamentos, por exemplo; Atinge a todos os estudantes? Estes estudantes têm equipamentos necessários para os recursos de Internet? As redes de educação tem os recursos pedagógicos para garantir um ensino de qualidade?
Como educador no Estado de Mato Grosso do Sul, percebo os esforços que estão sendo feitos para assegurar aos estudantes o acesso ao conhecimento. Aulas on line através de aplicativos, pesquisa e atividades através de grupos de whatsapp, atendimento constante aos estudantes. E para aqueles que não tem acesso a Internet, são disponibilizadas atividades impressas, que os mesmos podem retirar nas escolas.
Desta forma, é possível dizer que o processo de conhecimento não parou, mas assim como tudo neste “ano atípico”, ele se adaptou. Acredito que o melhor para todos seja terminarmos o ano letivo de 2020 de forma não presencial.
Aguardamos com ansiedade uma vacina que nos traga a possibilidade de voltar à normalidade, não somente no que diz respeito à educação presencial, mas em todos os sentidos das nossas vidas.
